8 de abril de 2007

Desabafos desvairados 3

E aí, caro leitor, tudo bem? Digo caro leitor literalmente, porque acho difícil que este humilde blog tenha mais de um. Isso se eu próprio for excluído da contagem, caso contrário talvez sejam dois.

Mas enfim, eu não vim aqui para mostar minha frustração com a baixa frequência de leitores que meu blog cativa. O motivo por qual veio por meio desta (ai, que coisa horrível, né? parece carta daquelas secretária dos anos 50) é dividir com você(s?) uma percepção que me chamou a atenção dia desses.

Estava eu passando pelos apetitosos corredores que um supermercado aqui perto de casa decorou em motivo à Pascoa, quando reparei na enormidade de produtos com preços terminados em R$ X,99.

Sinceramente, por que isso? Além de dificultar o troco, o supermercado deve achar que o consumidor tem cara de troxa, certo?
- Nossa, olha o preço da caixa de bombons como está barato.
- R$ 4,99?! Não é possível, deve estar em promoção.
- Mas não estou vendo nenhuma plaquinha, nem nada...
- Nossa, pega logo umas três ou quatro. Lá no mercado da esquina eu tinha visto por R$ 5,00; convenhamos, um roubo!

Eu gostaria mesmo de saber por que eles fazem isso. Sem dúvida deve dar a impressão que ao não completar o valor das casas decimais, o produto sai mais em conta.
Oras, o produto poderia custar R$ 4,00 e ser vendido a R$ 4,99. "Pelo menos não é R$ 5,00", deve pensar o comprador.

Só que não pára por aí. Agora começam a surgir mercadorias com preços terminados em 0,98 centavos. Uma vez manjada a técnica dos 0,99 centavos, os empresário pensam em uma outra, não muito original há de se convir. Não basta que o mercado dê um desconto de um centavo apenas. Ele revê suas contas, o orçamento, diminui sua margem de lucro, faz algumas demissões para cortar despesas e, então, num ato de serviço ao consumidor, consegue dar a ele o desconto de dois centavos.

Graças à essa política dos mercados e mercearias nacionais, eu finalmente poderei comprar passagens para mim e para a minha família, para que possamos viajar à Nova Iorque nesse final de ano.
Obrigado Pão de Açúcar, obrigado Carrefour, obrigado Bom Preço, obrigado vendinha da dona Cecília.
A todos vocês, meu eterno agradecimento.

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